quinta-feira, 17 de maio de 2007

Enfim, a segunda divisão


E, enfim, começa a segundona para o futebol cearense.
Passado o nosso baião de dois (o campeonato cearense), chegamos, enfim, ao Campeonato Brasileiro da série B e poderemos, de modo mais acurado que na Copa do Brasil (que acabou de modo tão precoce para nós), avaliar o nível técnico dos times locais (Ceará e Fortaleza).
O Alvinegro de Porangabuçu repete os mesmo erros dos anos anteriores e já vai pra montagem de seu terceiro time em menos de cinco meses. Evidentemente, isso não significa necessariamente sucesso ou fracasso, uma vez que nada no futebol pode ser lido sob a ótica do determinismo. Basta lembrarmos o Fortaleza, em 2002, que saiu da perda de um tri-campeonato para o Ceará, chegou desacredito ao Brasileiro, mas que conquistou a vaga à série A, passados mais 8 anos que não participava desta competição. Contudo, vale a pena lembrar que isto ocorre raramente, pois, de modo geral, o planejamento prevalece sobre o improviso. Aliás, esta tem sido a tônica do alvinegro cearense, nos últimos anos. Somente quando o tricolor cearense profissionalizou sua gestão, o que se inicou em 2000, pôde colher seus melhores resultados. Atualmente, por exemplo, só sabemos que Adílson é o titular, pois o Vovô cearense tem nada menos que onze jogadores para estrearem em seu próximo jogo contra o rubro-negro baiano.
Pelas bandas do Pici, o clima é de muito otimismo, após a suada conquista do nosso "Cabeção 2007". Apesar do justificado e necessário ânimo para o cotidiano, faz-se necessário ficar atento para dois detalhes: o primeiro é a perda do bom técnico Paulo Bonamigo para o Goiás, o que pode trazer prejuízos na continuidade do trabalho. Marco Aurélio, técnico contratado para substituí-lo, há muito não tem um trabalho que resulte em títulos, o que pode não ser um problema, pois Bonamigo até então só tinha um título - o paranaense pelo Coritiba. Outro detalhe é quanto ao fortalecimento do grupo tricolor, que tem em Getúlio, César, Preto, Rogerinho, Simão e Rinaldo seus principais jogadores, mas que conta com deficiências nas alas (setor fundamental no futebol contemporâneio), num substituto para Simão e Rogerinho, bem como num companheiro para Rinaldo, pois Cleiton ainda não convenceu, o mesmo ocorrendo com Adriano Chuva. Esse companheiro deve acabar sendo Isaías, o veterano atacante de quase 32 anos e que vem defender seu (pasmem!) 16º clube na carreira. A chegada de um bom lateral-esquerdo (Aldivan é muito inconstante) e de um meia de armação são urgentes.
A primeira rodada foi animadora quanto aos resultados de Ceará e Fortaleza (3x2 e 3x1), mas não pode deixar de ser vista exatamente como o que é: um começo. Aguardarei os fatos e comentarei rodada a rodada o desenrolar do campeonato, quando surgirão os resultados dessas incógnitas cabeças chatas.

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