segunda-feira, 2 de março de 2009

A caminho do fundo do poço

Júlio Salles costuma dizer que o Fortaleza é o clube que nasceu para ser campeão. De fato, sua história mostra que conquistar títulos e fazer boas campanhas são uma constante na trajetória vitoriosa do clube do Pici. Contudo, da metade do ano passado até agora, o que se colhe no Pici não é nada bom. E pior: o que se planta também não indica boas possibilidades de colheitas futuras. Passam-se os dias e as providências tomadas são, no mínimo, tímidas. No campeonato cearense, isto já tem trazido conseqüências: a não presença na final do turno depois de muitos anos. Na Copa do Brasil, caso passemos pela Desportiva depois de amanhã, não tendemos a ir muito longe. O perigo maior reside na série B do Brasileiro, que prevê a queda de quatro equipes, entre as quais, com certeza, o Fortaleza é uma das mais cotadas e não vem fazendo nada para que possamos pensar diferente. Talvez, já se tenha passado muito tempo (10 anos) do período em que jogávamos contra Coriçabá e cia ltda e os dirigentes possivelmente nem se lembrem mais de como era, mas estão construindo todo caminho para que este triste realidade volte a fazer parte de nosso cotidiano. Acorda, Diretoria!

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Um professor sem bons alunos

Pelo que a mídia indica, tudo leva a crer que o nome na mira para contratação de um novo treinador é o de Ferdinando Teixeira, que, como diz Alan Neto, tem cara de professor de Química. Teixeira marcou época no Leão, principalmente entre 2000 e 2002, quebrando um jejum de sete anos sem títulos, e montando a base da equipe que, após 10 anos, levou o tricolor de volta à primeira divisão do futebol nacional. Seu trabalho, neste período, foi inconteste e, sem dúvida, é um excelente treinador de futebol. Carinhosamente chamado pela torcida tricolor de Professor, Ferdinando pode estar prestes a iniciar um novo ciclo no Leão, mas há um porém: por melhor que o "professor" seja, seus recursos e bons alunos para aprender seus ensinamentos são escassos. Se em 2000 Teixeira colaborou decisivamente para o tricolor retomar o caminho das vitórias, não o fez sozinho, pois havia todo um clima político no Leão de estabelecimento da paz entre os diretores, os caciques tricolores. Aquilo levou o clube a otimizar os recursos e contratar jogadores bem experientes para comandar o elenco: Maizena, Daniel Frasson, Vinícius, Eron e etc.. Hoje, o que se vê no tricolor são garotos mesclados com jogadores experientes, mas de qualidade duvidosa, ou bichados, como Rodrigo Mendes. O clima político, já que o leão mais parece uma escola de samba, pois é cheio de alas e, portanto, é dos piores. Sou a favor de trazer Ferdindando, sim, mas deve-se mudar a política adotada no Leão, sob pena de criar uma nódia num currículo tão vitorioso quanto o do "professor". Um eposódio especial sobre Ferdinando foi sua primeira saída em 2001. Àquele ano, o time fez excelente campanha no Nordestão, sendo eliminado na semi-final, em jogo único, contrao Bahia, em Salvador, e vinha fazendo uma campanha inquestionável no cearense (do qual se sagraria campeão arrastão). Ferdindando recebeu um convite do Santa Cruz, que estava na primeira divisão, e resolveu aceitar. Péssimo para ele que o tricolor pernambucano tanto apanhava quanto davam nele, naquele campeonato, o que o fez ser demitido pouco tempo depois. Enquanto isso, mesmo tendo sido campeão cearense, o Leão ia pessimamente mal na série B e corria sério risco de rebaixamento. Luiz Carlso Martins a Aderbal Lana, nesta ordem, comandaram o time que, mesmo tendo mesmo elenco que vencera o cearense de modo arrastão e feito excelente campanha no Nordeste, via a série C se anunciando às portas do Pici. Com o aval do patrocinador, Ferdinando voltou e, logo em sua volta, uma grande festa, com uma vitória por 3x1 contra a Anapolina, e uma arrancada que, por muito pouco, não terminou em classificação. Aquele jogo marcou a volta de alguém que muito contribuiu com a história do Leão. Vale a pena rever:


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Infelizmente, deu a lógica

Antes de começar o jogo, ao qual fui com um amigo que há tempos não ia a jogos do Leão, pois estava morando em Natal, bati nas costas de meu amigo e falei: "cara, tá vendo aquele 10 do Ceará? Ele se mexe muito e é bom marcá-lo". Parecia uma profecida de mau presságio; mas não. Apenas indicava a ele o que a lógica mostrava: Geraldo era mesmo o homem mais perigoso do ataque do nosso rival e, ou o Fortaleza não tinha ninguém que executasse a marcação com eficiência, ou, de fato, o treinador não viu, pois ele deitou e rolou. O treinador tem culpa? Sinceramente, acho que o com os jogadores que possui no elenco, ele nem pode ser avaliado, pois são de tão má qualidade que nem mesmo Luxemburgo armaria ali bom esquema. Olhava para o banco, ontem, e não via opções. O ano se anuncia da pior maneira possível e não vejo uma perscpectiva de futuro para nós, tricolores.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Luz no fim do túnel

Devo confessar, muito alegre, que o Fortaleza me surpreendeu. Não praticou um futebol de volúpia, contra o maior rival, que possui melhor elenco, mas soube jogar com inteligência e superar suas limitações a partir disto. Aos poucos, o time vai dando a esperança de que é possível passar pelo Ceará, mas sem transmitir ainda a confiança necessária. Vou amanhã e claro que quero vencer o Ceará (o que já há 4 jogos não acontece), mas não sinto a confiança de outras épocas, pois há setores ainda muito deficientes no time tricolor: as laterais não funcionam bem; o meio não cria e o ataque é muito irregular. Mas há uma luz no fim do túnel e espero que não seja um trem na contra-mão.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Concentra... mas não sai

O título acima é o nome de um bloco do pré-carnaval de Fortaleza, mas bem que poderia resumir o que penso do Fortaleza na atual temporada. Afinal, o time não decola no campeonato, sempre estando em dívida com a torcida. Todas as matérias de jornal enfatizam a juventude dos atletas que compõem o grupo tricolor e trazem isso como algo positivo - fato com o qual eu concordo. Contudo, para uma equipe de ponta do futebol local, como o tricolor, isso não é suficiente. Pode ser que pareça repetitivo, mas é necessário articular essa juvente à experiência de jogadores mais "rodados", como Rodrigo Mendes, que entrou muito bem domingo, contra o Horizonte. Sei que clássico é algo imprevisível e que as camisas equilibram e vice-versa, mas não vejo com boas perspectivas o embate de amanhã. Claro que vou torcer. Claro que adoraria acelerar a máquina do tempo e fazer Bambam e Adailton amadurecer e realizar todo o potencial que possuem, em seus saudáveis 18 anos. Mas o que vejo para amanhã é uma luta inglória contra o tempo. Como advertiu Lucio Bonfim no início da temporada, a torcida do Leão vai mesmo ter que ter muita paciência. Até lá... é tudo muito imprevisível.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Classificação opaca

Antes que me acusem de não ser tricolor, vou logo deixando claro que esse tipo de acusação é completamente inverídico, mas sou muito realista em algumas coisas. Num campeonato com 10 clubes e de sofrível nível técnico, é mais do que obrigação do Fortaleza (assim como do Ceará) chegar, pelo menos, às semi-finais, afinal, as chances são dadas à quase metade dos participantes (40%, pra ser mais preciso). Ontem, o Leão se classificou, é verdade. É verdade também que pega seu maior rival e que, provavelmente, vai sobrar emoção. Mas o que se viu no Alcides Santos foi um time nervoso (até pelo excesso de juventude) e com muito pouca criatividade, o que preocupa muito, não apenas para o cruzamento, que já começa no meio de semana, mas também para o seguimento da temporada. Afinal, em breve, teremos a Copa do Brasil e, quando menos esperarmos, o Brasileiro da série "B". O Fortaleza acerta em dar vez aos garotos, mas erra quando aposta todas as fichas nele. Marcelo Nicácio foi muito discreto hoje, o que dificultou avaliação mais acurada de seu desempenho. Ponto positivo? Rodrigo Mendes e seus toques refinados e chutes potentes. Tem tudo para, se suportar a carga física, fazer um bom meio de campo com Vanderlei e deixar os garotos Marlon e Bismarck amadurecerem um pouco mais. Animado pro meio de semana? Sinceramente, não. Acho que já está perdido? Claro que também não, mas o fato é que o time não empolga.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Reagindo.. mas dá pra confiar

Hoje, o Leão venceu o lanterna Quixadá, como era de se esperar. O que não era de se esperar foi a produção do meu tricolor. É verdade que o Quixadá é fraco. Mas contra adversários fracos o tricolor chegou a se embananar. Destaque para os meninos, que vêm ganhando experiência, e para Vanderlei, que fez sua melhor partida com a camisa do Leão. Mas claro que ainda há muito a se caminhar, pois a mescla da juventude com a maturidade ainda se faz necessária. Não nos iludamos com essa boa vitória, mas, claro, comemoremos mais uma vitória tricolor. Força, Leão!!!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Desmotivante

Acho que a palavra acima define bem como é o futebol praticado pelo Fortaleza. Mesmo quando o meu time vence, não empolga. Domingo, dia de clássico, os jogadores deram o seu máximo e isso era visível. Contudo, aí se encontra um problema: o seu máximo é muito insuficiente. Não estou queimando os meninos. Acho que eles têm lugar no time e no futuro (inclusive financeiro) do clube, mas não entrando numa fogueira dessas, ou servindo como mercadoria a ser exposta no balcão e vendida para o primeiro comprador que aparecer e para o Leão ficar com algumas fatias desse bolo, já que, ao que me consta, há um empresário que já comprou várias frações de jogadores tricolores e que dá as cartas no Pici. Ou o Fortaleza muda sua política e mescla os garotos com experiência, banindo, também, empresários do Pici, ou o caminho da terceira divisão é logo ali. Uma dura realidade, mas bem possível de se concretizar. Espero, porém, que queime minha língua.