sábado, 21 de fevereiro de 2009

Um professor sem bons alunos

Pelo que a mídia indica, tudo leva a crer que o nome na mira para contratação de um novo treinador é o de Ferdinando Teixeira, que, como diz Alan Neto, tem cara de professor de Química. Teixeira marcou época no Leão, principalmente entre 2000 e 2002, quebrando um jejum de sete anos sem títulos, e montando a base da equipe que, após 10 anos, levou o tricolor de volta à primeira divisão do futebol nacional. Seu trabalho, neste período, foi inconteste e, sem dúvida, é um excelente treinador de futebol. Carinhosamente chamado pela torcida tricolor de Professor, Ferdinando pode estar prestes a iniciar um novo ciclo no Leão, mas há um porém: por melhor que o "professor" seja, seus recursos e bons alunos para aprender seus ensinamentos são escassos. Se em 2000 Teixeira colaborou decisivamente para o tricolor retomar o caminho das vitórias, não o fez sozinho, pois havia todo um clima político no Leão de estabelecimento da paz entre os diretores, os caciques tricolores. Aquilo levou o clube a otimizar os recursos e contratar jogadores bem experientes para comandar o elenco: Maizena, Daniel Frasson, Vinícius, Eron e etc.. Hoje, o que se vê no tricolor são garotos mesclados com jogadores experientes, mas de qualidade duvidosa, ou bichados, como Rodrigo Mendes. O clima político, já que o leão mais parece uma escola de samba, pois é cheio de alas e, portanto, é dos piores. Sou a favor de trazer Ferdindando, sim, mas deve-se mudar a política adotada no Leão, sob pena de criar uma nódia num currículo tão vitorioso quanto o do "professor". Um eposódio especial sobre Ferdinando foi sua primeira saída em 2001. Àquele ano, o time fez excelente campanha no Nordestão, sendo eliminado na semi-final, em jogo único, contrao Bahia, em Salvador, e vinha fazendo uma campanha inquestionável no cearense (do qual se sagraria campeão arrastão). Ferdindando recebeu um convite do Santa Cruz, que estava na primeira divisão, e resolveu aceitar. Péssimo para ele que o tricolor pernambucano tanto apanhava quanto davam nele, naquele campeonato, o que o fez ser demitido pouco tempo depois. Enquanto isso, mesmo tendo sido campeão cearense, o Leão ia pessimamente mal na série B e corria sério risco de rebaixamento. Luiz Carlso Martins a Aderbal Lana, nesta ordem, comandaram o time que, mesmo tendo mesmo elenco que vencera o cearense de modo arrastão e feito excelente campanha no Nordeste, via a série C se anunciando às portas do Pici. Com o aval do patrocinador, Ferdinando voltou e, logo em sua volta, uma grande festa, com uma vitória por 3x1 contra a Anapolina, e uma arrancada que, por muito pouco, não terminou em classificação. Aquele jogo marcou a volta de alguém que muito contribuiu com a história do Leão. Vale a pena rever:


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